domingo, 29 de dezembro de 2013

Cientistas argentinos conseguem fazer com que células do pâncreas voltem a produzir insulina

Uma equipe de médicos argentinos conseguiu pela primeira vez, por meio de engenharia celular, que células do pâncreas voltem a produzir insulina, o que é um avanço fundamental para um futuro tratamento contra o diabetes. 

A partir de células-tronco provenientes da gordura, os pesquisadores conseguiram criar ilhotas de Langerhans, os acúmulos de células do pâncreas, e reconstituir sua função de produzir o hormônio insulina e seu complementar, o glucagon.

O diabetes é gerado quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não pode utilizá-la de forma eficaz. A descoberta foi realizada pelo Centro de Pesquisa em Engenharia de Tecidos e Tratamentos Celulares da Universidade Maimónides, de Buenos Aires, dedicado à reconstrução de órgãos com o objetivo de substituir os que faltam ou suprir os que têm alguma insuficiência.

O diretor do centro, Gustavo Moviglia, explicou à Agência Efe que a importância da conquista se deve principalmente porque todos esses elementos "podem ser obtidos do mesmo paciente que vai se tratar, assim é possível evitar complicações ou rejeições derivadas dos transplantes" que atualmente se realizam. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), há mais de 347 milhões de pessoas com diabetes e previsões de 2005 já indicavam que as mortes pela doença se multiplicarão em 2030.

A descoberta consistiu então em ver o que uma célula com atividade inflamatória durante a reparação de um órgão provoca, se é posta em contato com uma célula-tronco, que amadureça com as características desse mesmo órgão, segundo o diretor do centro.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Recife artificial, boing, 30 milhões??

Minha amiga Daiana Moreira me mandou um link, via Facebook, de uma matéria do Blog do Jamildo com uma entrevista com Sérgio Xavier (secretário de Meio Ambiente do Recife) sobre a compra de um boing para servir como recife artificial para o equilíbrio daquela região devido a preocupação com os ataques de tubarão.

Segue a matéria:


O governo Eduardo Campos prepara-se para comprar uma aeronave fora de uso, tipo um Boeing, para afundar nas águas do mar do Recife e criar uma espécie de viveiro, ao lado de várias embarcações já fundeadas, em mais uma iniciativa de combate aos ataques de tubarão na capital pernambucana.
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Sérgio Xavier, revela que a iniciativa faz parte da criação de um parque marinho no Recife, ao custo de R$ 30 milhões.

“A ideia é lançar em fevereiro do ano que vem. O parque marinho faz parte de um desafio de reduzir os ataques de tubarão”, diz.
“Antes, os tubarões não atacavam porque havia equilíbrio. Se a gente recompor o ambiente, a tendência é resolver”, acredita. “Queremos colocar uma espécie de banquete, do lado direito do canal que corta a praia (vindo de Suape), com alimentos mais abundantes para as espécies”.
De acordo com o planejamento, outras cinco embarcações serão fundeadas, além das 27 já catalogadas e conhecidas.
O governo do Estado chegou a negociar a compra de aeronaves da extinta Vasp, estacionadas há vários anos no pátio do Aeroporto do Recife, mas a Justiça Federal optou pelo leilão, como sucata.
“Estamos procurando outras. Já conversamos com a Marinha, para saber onde pode e onde não pode, pois é uma área de rota de navios”, conta o secretário.


Diante dessa notícia fico me perguntando onde estão os biólogos, pesquisadores e a CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - PE) para fazer estudos para que um projeto dessa magnitude seja viável? Creio que o custo dessa empreitada é muito alto para ser feito, aparentemente sem estudos, e sem um plano de educação ambiental e ecoturismo subaquático integrados a essa iniciativa.
A secretaria do meio ambiente do Recife, criada recentemente, ainda caminha a passos lentos e creio que há uma necessidade de pesquisa, de buscar parceiros para a realização desse e de outros projetos desenvolvidos pela secretaria. Uma sugestão para essa parceria, que dei como exemplo no comentário no Facebook, é a Universidade de Pernambuco (UPE) sobretudo por conta dos seus pesquisadores do Laboratório de Estudos Ambientais - LEA.
As ações da prefeitura de maneira geral, sobretudo acerca de questões ambientais, devem ter equipes interdisciplinares compostas por profissionais capacitados e comprometidos com a ação de maneira ampla visando primeiramente o bem estar socioambiental da cidade.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Instituto Caranguejo (Educação Ambiental)

Um trabalho muito legal sobre educação ambiental é o do Instituto Caranguejo que traz o Menino Caranguejo como personagem dos seus almanaques confira clicando aqui: 

http://www.caranguejo.com/homepage/index.php#almanaque

Políticas Ambientais para o rio CAPIBARIBE


Recentemente foi veiculado nos principais jornais e sites de notícias de Pernambuco, por conta do dia mundial da água, a colocação do Rio Capibaribe no ranking da Fundação SOS Mata Atlântica, onde a qualidade de suas águas foi avaliada como “ruim”, ressaltando que nenhum manancial obteve o nível de “bom” ou “ótimo”. A campanha tem caráter educativo e não pericial.


Isso nos faz refletir sobre o trabalho que o poder público vem realizando acerca do rio símbolo da capital pernambucana, que vem se revelando puramente midiático. Quando se relata algo sobre o Capibaribe relaciona-se com ou mobilidade urbana com a implantação de um sistema de transporte público de passageiros pelo Capibaribe ou de sua revitalização, na qual só se dá a melhoria de suas margens.

A partir disso vêm as perguntas: onde estão os incentivos para a pesquisa científica visando a melhoria da qualidade ambiental do rio? Onde estão os projetos que proporcionem significação e/ou relação da população com o rio?

O rio Capibaribe como qualquer outro rio urbano do mundo sofre um processo de eutrofização (aumento exagerado de nutrientes/poluentes), sobretudo por causa do despejo de esgotamento sanitário não tratado nas suas águas. O que falta ao rio (como um todo) é uma política de sustentabilidade em parceria com o governo do estado, prefeitura da cidade o Recife e das universidades locais para que se desenvolva pesquisas e alternativas para a real revitalização do lugar onde um dia se banhavam capivaras. Se pesquisa, só lembraremos do Capibaribe em datas comemorativas!