terça-feira, 28 de julho de 2009

Matéria no Diário de Pernambuco

Foto: Jaqueline Maia/DP/D.A Press

Rio Capibaribe // Microalgas denunciam poluição


A morte de peixes dá o recado de tempos em tempos. A mesma mensagem é transmitida pelo mau cheiro levado pelo vento sempre que a maré baixa.
Agora, são as algas encontradas no Rio Capibaribe que atestam a poluição do manancial que corta todo o Recife e outras 41 cidades. Um estudo desenvolvido por estudantes da Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire) constatou a presença de 33 categorias de microalgas nas águas. Mas, ao contrário do que pode parecer, a descoberta não é sinal de vida. A maior parte dos organismos identificados sobrevive em condições de forte poluição, já que as algas se alimentam justamente dos nutrientes que vêm junto com o esgoto outras fontes poluidoras. E algumas espécies, inclusive, são tóxicas.

Iniciado em 2008, o levantamento foi feito pelos estudantes de ciências biológicas Angelo Branco e Clayton de Andrade Paiva em três pontos de coleta, dois no Recife e um em São Lourenço da Mata. As áreas foram escolhidas por estarem localizadas em regiões de grande impacto antrópico (ação humana), ou seja, ocupação desordenada. "O objetivo era inventariar as microalgas para que elas possam ser usadas como no monitoramento ambiental, por exemplo, com a execução de medidas de proteção ao rio", diz o professor e orientador do estudo, Antônio Travassos Júnior. Além de ser um dos mananciais mais simbólicos do estado, o professor cita ainda o uso do abastecimento, pesca, transporte e lazer da população ribeirinha.

Apesar da identificação de 33 táxons (categorias), Clayton destaca a baixa diversidade de algas em quatro divisões: Cyanophyta (cianobactérias), Chlorophyta, Ochrophyta (diatomáceas) e Euglenophyta. O grupo mais representativo é o das Chlorophyta com 10 táxons. "Chegamos a encontrar uma clorophyta com dois metros de comprimento", ressalta o estudante, justificando o achado pela riqueza de nutrientes (poluição) e boa iluminação na superfície. O professor também chama a atenção para a presença dos gêneros de cianobactérias potencialmente tóxicos, como Oscillatoria e Phormidium. "São algas que produzem toxinas potentes, como hepatoxinas e neurotoxinas, semelhantes às cianotoxinas do incidente em Caruaru, mas em escala menor", informa, referindo-se ao caso ocorrido em 1996, em uma clínica de hemodiálise de Caruaru, quando o reservatório foi contaminado pelas microalgas.

O grupo pretende dar sequência ao levantamento e, por enquanto, mantém um blog http://www.algasdocapibaribe.wordpress.com para que a população tenha acesso às informações. "Elas são uma diversidade escondida, costumo chamar de floresta invisível. Mas são muito importantes para o equilíbrio do meio ambiente", diz Travassos.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/07/28/urbana5_0.asp

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Biólogos et al



Amanhã fecha-se um ciclo. A turma "Biólogos et al" colará grau tornando-se assim os mais novos biólogos do país. Esse post vem para homenagear os meus companheiros de graduação que nos últimos 7 períodos passaram pelos momentos mais e menos interessantes de uma jornada. Dessa turma deixo, companheiros de pesquisas, amigos, parceiros e irmãos de profissão, a profissão mais amada desse dia.

Assim deixo minha homenagem a minha turma de Ciências Biológicas...

Valeu galera, vocês vão deixar saudades!!!!!!!!