domingo, 21 de agosto de 2011

SAÚDE. Alimentação propícia ao câncer...


RIO – Os brasileiros consomem apenas um terço da quantidade diária recomendada dos alimentos que previnem o câncer, aponta análise feita pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), a partir dos resultados da Pesquisa de Orçamento Familiar que avaliou o consumo alimentar no País. O Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer e o Inca estimam que, se a população passasse a consumir diariamente 400 gramas de frutas, legumes e verduras, um de cada três casos de câncer de cavidade oral (boca, faringe e laringe), um em cada três casos de câncer de pulmão e um de cada quatro casos de câncer de estômago deixariam de ocorrer. A pesquisa do IBGE, divulgada em julho, mostrou que, diariamente, o brasileiro consome apenas 126,4 gramas de frutas, legumes e verduras – o que equivale a uma pera. “A alimentação tanto pode ser um fator de proteção contra o câncer quanto propiciar o aparecimento da doença. Esses alimentos são sentinelas do nosso corpo, o exército que impede o desenvolvimento de doenças e devem ser consumidos em maior quantidade”, afirma a chefe da área de Alimentação, Nutrição e Câncer do Inca, Sueli Couto.
Segundo ela, a preocupação maior é que esse baixo consumo vem ocorrendo há muitos anos. “Já há o reconhecimento social de que tabaco causa câncer. Queremos o reconhecimento social de que baixa ingestão de fruta e verdura contribui para maior risco de desenvolver a doença”, compara. A POF revelou ainda o alto consumo de carne vermelha (523 gramas semanais), o que também preocupa os especialistas. A redução dessa quantidade na alimentação equivale a diminuir em 7% os casos de câncer de cólon e reto (intestino grosso). O consumo ideal de carne vermelha equivale a duas porções semanais do tamanho da palma da mão de quem vai ingerir essa proteína. O modo de preparo também é importante. “Tanto a carne vermelha quanto a branca devem ser consumidas cozidas ou assadas. Não grelhadas ou fritas. Quando se expõe a proteína a altas temperaturas, ela libera substâncias cancerígenas”, orienta. A equipe da área de Alimentação do Inca calculou, a partir dos dados da pesquisa, que uma família de quatro pessoas consome 1,5 quilo de guloseimas e bebe seis litros de refrigerante semanalmente. “É o que eu chamo de um ambiente obesogênico, que facilita o ganho de peso.” A obesidade aumenta o risco de câncer de esôfago em 23%, de pâncreas em 18% e de endométrio em 29%. Sueli defende medidas drásticas. “Eu diria para as pessoas não consumirem refrigerantes e diminuírem o consumo desses alimentos ultra-processados, principalmente o biscoito recheado”, afirmou. “Por outro lado, aumentar o consumo de alimentos protetivos, como frutas e verduras.” Até o fim de 2011, meio milhão de brasileiros terão recebido o diagnóstico de câncer.

Fonte: http://jconlinedigital.ne10.uol.com.br/assinantes/restrito/index.php
http://noticiasdepoliticaesaude.blogspot.com/2011/08/saude-alimentacao-propicia-ao-cancer.html?spref=fb

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