Quando tratamos de alterações no ecossistema encontramos muitos termos
para definir exatamente o assunto tratado. Por exemplo, quando falamos da
supressão (retirada) da cobertura vegetal de um local, utilizamos a palavra Desmatamento
que significa o ato ou efeito de desmatar, de tirar a mata. Seguindo a mesma
lógica, para falar sobre a retirada ou extinção – mesmo que local! – de
animais, utilizamos o termo Defaunação, uma vez que a Fauna engloba as espécies animais de
determinada região.
Muitos estudos tem sido realizados de forma inédita, tendo a defaunação
como foco principal e mostrando que a ausência de mamíferos, especificamente,
pode ter muito mais impacto do que se imaginava!
Os mamíferos por muito tempo foram considerados espécies “Guarda-chuva”
em projetos de conservação, ou seja, as carinhas bonitas pelas quais as pessoas
se apaixonam e resolvem de alguma forma ajudar os projetos que carregam suas
imagens como emblema. Mas diferente do que se pensava, grandes mamíferos como
primatas, ungulados e grandes roedores podem sim ter papéis extremamente
importantes na dinâmica de florestas, além de funções ecológicas muito bem
definidas. Grandes primatas são responsáveis por dispersar sementes de várias
espécies vegetais, pois o longo do dia cobrem uma área de floresta extensa,
caminhando com o grupo e se alimentando em locais diferentes. Isso influencia,
por exemplo, no nascimento e sucesso de crescimento das Plântulas, indivíduos jovens da vegetação.
E não é só a vegetação que pode sofrer com a extinção local de
mamíferos! Algumas espécies de insetos, como os besouros coprófagos (nossos
conhecidíssimos “rola-bosta”), dependem diretamente da presença de fezes de
mamíferos para utilizá-las como ninho e alimento.
E aí, já sabiam o que
era Defaunação? O que acharam do termo?
Qualquer dúvida, me escrevam! kk.piccinini@gmail.com
Até a próxima!
Colaboradora do Planctônico