terça-feira, 28 de junho de 2011

Conviver é preciso



Esse vídeo é um curta metragem da Pixar, ganhador do Oscar de melhor curta metragem de animação de 2001, ele passa uma mensagem interessante em relação a convivência e respeito as diferenças para se viver melhor em sociedade.

Não é difícil de observar os conflitos da sociedade gerados por falta de respeito as diferenças; um adolescente sofrendo bulling na escola por ter um ou mais características que fogem do padrão local sejam elas físicas, psicológicas, comportamentais ou ideológicas; agressões físicas, verbais ou psicológicas a grupos discriminados na sociedade como: homossexuais e nordestinos, são gerados pela falta de tolerância ao diferente e respeito as diferenças. Algo que deve ser observado e combatido não só nas escolas e ambientes de trabalho mas em qualquer lugar onde haja relação entre seres humanos para que se aprenda o que é conviver realmente.

Angelo Branco.

sábado, 25 de junho de 2011

Para ler e refletir


"Somos todos vivos e não-vivos constituídos da mesma essência. Os seres vivos são constituídos de moléculas desprovidas de vida. Essas moléculas, quando isoladas e examinadas individualmente comportam-se de maneira idêntica a matéria inanimada. Apesar disso, os organismos vivos apresentam atributos peculiares, os quais não são encontrados nos aglomerados de matéria inanimada."

Prof. Dr. Romildo de Albuquerque Nogueira

Fonte: http://www.aulasdebiofisica.nupet.com.br

Descoberta sanguessuga que pode viver em narina humana


Cientistas anunciaram a descoberta de uma nova espécie de sanguessuga que tem a tendência de viver em narinas humanas. Segundo os pesquisadores, ela pode entrar nos orifícios do corpo de pessoas e animais e aderir às membranas mucosas. Eles deram à nova espécie o nome de Tyrannobdella rex, que significa "sanguessuga rainha tirana".
A criatura, que vive em áreas remotas do alto Amazonas, foi descoberta em 2007, no Peru, quando uma espécie foi retirada do nariz de uma menina que tinha se banhado em um rio.
Renzo Arauco-Brown, da Escola de Medicina da Universidade Cayetano Heredia, em Lima, extraiu a sanguessuga do nariz da garota e enviou a amostra para um zoólogo nos Estados Unidos.
Mark Siddall, do Museu Americano de História Natural, em Nova York, reconheceu rapidamente que se tratava de uma nova espécie. Segundo ele, a criatura tinha algumas características muito incomuns, como uma única mandíbula, oito dentes grandes e genitália minúscula.
A líder do estudo, Anna Phillips, uma universitária ligada ao museu, disse: "Nós achamos que a Tyrannobdella rex é parente próximo de outra sanguessuga que entra na boca de gado no México."
Uma análise de DNA revelou também uma "relação evolucionária" entre sanguessugas que vivem em regiões distantes. Isto sugere a existência de um ancestral comum, que pode ter vivido quando os continentes estavam unidos em uma única extensão de terra chamada Pangaea.
Siddall explicou: "As espécies mais antigas desta família de sanguessugas compartilhavam a Terra com os dinossauros, há cerca de 200 milhões de anos."
"Alguns ancestrais do nosso T. rex podem ter vivido no nariz de outro T. rex", afirmou, em uma referência o dinossauro Tiranossauro rex.
A pesquisa foi divulgada na revista científica online PLoS One.Os cientistas acreditam que podem existir até 10 mil espécies de sanguessuga. Já foram descobertas entre 600 e 700.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4384989-EI238,00-Descoberta+sanguessuga+que+pode+viver+em+narina+humana.html

Comida de Proveta - matéria JC

Por Renato Mota | 22 de junho de 2011
rmota@jc.com.br









segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tabela periódica ganha mais dois elementos


A tabela periódica acaba de ficar maior. Dois novos elementos químicos, de números 114 e 116, foram oficialmente reconhecidos por um comitê internacional de químicos e físicos.

Os novos elementos, que ainda não têm nome, duram menos de um segundo e se juntarão a substâncias famosas, como carbono, ouro, estanho e zinco.

No entanto o total de elementos conhecidos ainda está fixado em 114, porque os elementos 113 e 115 ainda não foram oficialmente reconhecidos, explicou Paul Karol, da Universidade Carnegie Mellon, que comandou o comitê que reconheceu as novas substâncias, com base em experiências feitas em 2004 e 2006, em um esforço conjunto de cientistas da Rússia e do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia.

Nos últimos 250 anos, novos elementos têm sido adicionados à tabela em média a cada dois anos e meio, disse Karol.
O comitê anunciou sua decisão na semana passada. Os cientistas do grupo foram convidados a submeter sugestões de nomes para os novos elementos. Seus números se referem à quantidade de prótons no núcleo de seus átomos.

Os novos elementos nasceram da colisão de elementos mais leves, explicou Karol. “É um átomo por vez,” disse, e eles existem por menos de um segundo antes de se desintegrarem, descreveu. (Fonte: Portal iG)

Fonte: Ambiente Brasil

Especialista defende novos métodos para tratar esgotos


“Sem recursos é impossível fazer tratamento de esgoto, mas é preciso pensar como integrar a estrutura já existente a este tipo de limitação de investimento”. A afirmação é defendida pelo engenheiro civil alemão Matthias Worst, que atua há 16 anos na Secretaria de Recursos Hídricos da cidade de Holf, na Alemanha. O especialista esteve em Recife (PE), na semana passada, a convite do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco-PE), para trocar experiências com engenheiros e arquitetos sobre novas tecnologias aplicadas em projetos de esgotamento sanitário naquele país.

Segundo Worst, existe uma gama de tecnologias disponíveis para tratamento de esgoto, mas estes processos precisam ser adaptados à realidade local. “A solução para o problema precisa ser viável economicamente, e, para isso, deve-se utilizar a infra-estrutura existente”, explica. Como exemplo de solução aplicável no Brasil, ele menciona o processo de tratamento de esgoto biológico, adotado na Polônia e conhecido por Wetland: um mecanismo de biofiltração pelo qual a água desprezada (esgoto) é canalizada para um alagado com plantas aquáticas, que agem como filtros naturais.

Para Simone Souza, diretora de gestão ambiental do Sinaenco-PE, as áreas rurais do Nordeste têm condições ambientais favoráveis para a adoção desta tecnologia, tanto que algumas universidades brasileiras já estão pesquisando o processo para tratamento de esgoto doméstico. “Os estados do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco estão estudando o sistema sob parâmetro de dimensionamento diferenciados, já que nossas plantas são diferentes”, explica.

A Alemanha também estuda novas possibilidades na coleta de esgoto e reuso do material. Uma delas é o Projeto Ecosan, que busca a implantação de novas tecnologias para as instalações hidráulicas. Os sanitários estão sendo projetados para separar a parte líquida e sólida dos dejetos ainda na bacia, para só depois serem descartados. “A urina, livre de coliformes fecais, pode ser usada como fertilizante e as fezes, depois de tratadas por compostagem, viram biomassa para gerar biogás”, detalha Matthias Worst.

Ainda segundo ele, na Alemanha já existem 30 áreas residenciais utilizando o sistema. No Brasil, atualmente, o estado do Paraná possui uma área piloto.

A Alemanha é referência na questão ambiental, com destaque para a área de saneamento. Prova disto é que somente no Estado da Bavária, existem 3 mil estações de tratamento de esgoto (ETEs). Segundo Worst, todas com um processo de pós-tratamento biológico para o efluente – um contraste, quando comparado à situação local. Dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revelam que, em Recife, 20% da área é saneada e, deste percentual, apenas 8% recebem algum tipo de tratamento.

Carência de recursos

Simone Souza explica que a Região Metropolitana de Recife só dispõe de três estações de tratamento de grande porte e nenhuma delas possibilita a efetiva redução da matéria orgânica. “Hoje, em torno de 30% da matéria orgânica é reduzida nessas estações, quando o ideal é reduzi-las em torno de 90%”, explica.

Segundo Simone, a legislação ambiental brasileira defende que o esgoto deva ser tratado, mas a falta de recursos impede uma política eficiente neste setor. “A mentalidade dos nossos governantes é equivocada. Se há pouca verba não se faz nada, quando se deveria iniciar o processo gradativamente e, aos poucos, ir melhorando o tratamento”, explica.

Esse gradualismo é defendido pelo engenheiro alemão, que afirma que o processo pode ser feito em etapas. “Partimos da construção de um sistema de coleta de esgoto e, depois, implanta-se um processo mecânico, onde há a separação dos dejetos líquidos e sólidos, reduzindo a carga poluente já em 30%”, justifica. (Fonte: Gazeta Mercantil)

Fonte: Ambiente Brasil

domingo, 19 de junho de 2011

Suécia e Recife discutem sustentabilidade urbana


A sustentabilidade do Recife começa pela locomoção urbana. Pode parecer um fundamento simples, mas é a grande premissa do Plano de Mobilidade do município, em fase de conclusão pelo Instituto Pelópidas Silveira. A realidade das cidades brasileiras não condiz com o sucesso das estratégias suecas, apresentado, ontem, no fórum SymbioCity, realizado no Senai-PE, e este seria o maior gargalo para avançar. Enquanto o país europeu comemora o resultado de suas políticas socioambientais, por aqui a conversa é outra e os desafios são bem maiores.

“Tivemos ascensões econômicas, mas não melhoramos tanto em qualidades de vida e socioambiental. Pensar em mobilidade em um país sem saúde e educação é um exercício meramente acadêmico. Nossa dimensão é continental e exige uma atenção maior em planejamento urbano”, afirmou o arquiteto do Instituto Pelópidas Silveira, Romero Pereira. No quesito transporte, o Brasil aumentou a oferta de crédito, mas os veículos transitam em uma malha saturada.
Pereira ainda elencou como problemas a falta de verde urbano, que seria resolvido com uma “política agressiva de arborização”, o tratamento de resíduos sólidos e o saneamento básico. Na Suécia, as estações de tratamento de água são usadas como usinas de biogás. No Recife, apenas 40% da cidade está saneada e a promessa da Prefeitura é de que o percentual chegue a 72% nos próximos dois anos - realidade não muito diferente do resto do País.
Para os brasileiros, a discussão começou agora. Já para os europeus, a implantação de políticas teve início na década de 1970, com a Conferência de Estocolmo, capital sueca, primeira reunião para tratar de meio ambiente e desenvolvimento. Não é a toa que os pensamentos são distintos. “A emissão de gás carbônico caiu 10%, mas tivemos um aumento de 50% no Produto Interno Bruto (PIB). Ou seja, é possível crescermos e diminuirmos a emissão de gases”, apontou o arquiteto chefe da Sweco, Ulf Ranhagen.

Fonte: http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-economia/607770


Um dos grandes problemas que o Recife enfrenta hoje, em relação a saúde pública, meio ambiente e urbanização é o fato de a cidade ter apenas 40% de sua área saneada, ou seja , 60% não saneada contribui para a degradação ambiental (rios, lagos e outros corpos d’ água), problemas de saúde da população sobretudo dos mais pobres e consequentemente a piora da qualidade de vida dos recifences e o aumento dos com gastos públicos com a saúde.
Recentemente li algumas notícias e reivindicações em relação à privatização da COMPESA (esgoto) por parte do governo do estado de Pernambuco denunciado pelo sindicato dos urbanitários em carta aberta da população.

Leiam e averiguem essas informações que me parece ser importante.

Download - Carta aberta a população

domingo, 12 de junho de 2011

FCTUC tem a maior colecção do mundo de algas de água doce

Escrito por Vanessa Ribeiro
29-Oct-2008

As quatro mil estirpes diferentes de microalgas de água doce, mais de 300 géneros e 1000 espécies isoladas de uma vasta gama de habitats, existentes na Algoteca da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) formam a maior colecção de algas do mundo.

Com um sem número de aplicações e potencialidades, as microalgas são “a matéria-prima do futuro” garante a coordenadora da Algoteca, Lília Santos, que, sustenta, “as microalgas têm um enorme potencial para aplicação na medicina e na farmácia pois são-lhes conhecidos efeitos antioxidantes, imunológicos e anti-cancerígenos. Por ex., Spirulina (muito utilizada no combate à obesidade) é a microalga mais cultivada a nível mundial. Mas há muitas outras aplicações a explorar. Estas minúsculas algas têm a capacidade de despoluir e de regenerar solos degradados (p. ex. áreas queimadas). Há um mundo a desbravar! Se nós tivéssemos capacidade económica para explorar todas as capacidades das microalgas, daríamos passos de gigante em muitas áreas da ciência”.

Colhidas em albufeiras, rios, charcos, monumentos, estátuas, vitrais e paredes, muitas das 4 mil estirpes de microalgas existentes no Departamento de Botânica da FCTUC são únicas (algumas do tamanho de bactérias) e têm gerado a curiosidade de investigadores e de empresas de todo o mundo que as querem estudar e adquirir, especialmente dos EUA, Canadá, Coreia e Polónia. A Algoteca de Coimbra disponibiliza à comunidade científica e empresarial informação sobre uma matéria-prima única para o futuro.

“As Colecções de culturas de microrganismos são actualmente altamente valorizadas quer como conservação de recursos genéticos e biodiversidade, quer como matéria-prima para a emergência de novos projectos biotecnológicos e industriais. Estas colecções são vistas como cruciais para o desenvolvimento científico”, considera Lília Santos.

No entanto, conseguir a proeza de ter a “Maior Algoteca do Mundo” não é tarefa fácil. “É o reconhecimento do trabalho, dedicação e persistência, nomeadamente da investigadora Fátima Santos, que há mais de 30 anos se dedica à colheita, isolamento, identificação e manutenção de culturas de microalgas”, explica a bióloga.

Actualizado em ( 15-Mar-2010 )
Fonte: cienciapt.net

O uso das algas para controlar a aquecimento global


Foto: Angelo Branco

O fitoplâncton compõe-se de plantas microscópicas unicelulares que povoam as camadas superficiais ( 80 metros) de todos os corpos de água, seja doce ou salgada. Utilizando a luz solar como fonte de energia, esses organismos vegetais transformam substâncias simples, que obtem do meio ambiente, na matéria orgânica necessária a seu crescimento e multiplicação. Trata-se de um dos mais importantes processos em curso no planeta, uma vez que constitui o primeiro elo do complexo sistema alimentar aquático. Todos os animais dos meios aquáticos devem sua subsistência, de forma direta ou indireta, à multiplicação celular dessas plantas microscópicas (diatomáceas, flagelados, dinoflagelados, ..).

Além da luz que necessitam para se multiplicar, seu metabolismo não pode prescindir de determinadas substâncias biogênicas, como sais nutrientes (nitratos, fosfatos, silicatos), oligoelementos (como ferro, molibdênio, cobalto, vanádio, cobre, manganês e zinco) e de algumas substâncias orgânicas (vitaminas, ácidos húmicos, ...).

As diferentes formas de vida competem entre si pela captura dos nutrientes disponíveis na camada superficial marinha. O resultado da competição não depende, apenas, do ritmo de reprodução celular ou da velocidade em assimilar os nutrientes. Depende também das condições ambientais, que variam muito conforme as regiões e a época do ano. Nos mares temperados, por exemplo, em que as mudanças de estação são muito marcadas, produzem-se períodos de rápidos crescimento e declínio da população fitoplanctônica. Pode-se dizer que no inverno, há forte mistura vertical no oceano, ou turbulência (pelo vento), há nutrientes, mas a baixa luminosidade limita seu crescimento. Na primavera, há maior luminosidade, menos ventos, a camada superficial se aquece. Assim, nessa camada, ocorre um crescimento exponencial do número de células de fitoplâncton (florescimento primaveral), por um dado tempo. Seu declínio também é rápido, pois a diminuição de nutrientes acarreta uma diminuição na divisão celular, a tal ponto que as perdas devido ao afundamento e ao consumo por animais planctônicos não são compensadas. Nesta condição, outro tipo de espécies se desenvolve mais rapidamente havendo uma sucessão de espécies até o outono.

Considerando a relação direta entre o CO2 e o efeito estufa, é de extrema importância o fato de esses microorganismos, durante o dia, processarem a fotossíntese, onde ocorre consumo de gás carbônico e geração de oxigênio. Deve-se considerar, também, que devido à migração vertical de alguns tipos de fitoplâncton, mesmo que os nutrientes tenham se esgotado durante o dia, aqueles permanecem na superfície, assimilando gás carbônico e, consequentemente, acumulando carboidratos(4). Entretanto, à noite, processo contrário ocorre; é a respiração de todos os tipos de fitoplâncton e a decomposição de alguns deles. Há consumo de oxigênio dissolvido na coluna de água e liberação de gás carbônico à água e à atmosfera.

A hipótese Gaia desenvolvida por Lovelock, um químico inglês, sugere que com o objetivo de manter a condição termostática da Terra, CO2 é contínua e progressivamente bombeado da atmosfera. Há uma entrada constante através de processos tectônicos, e a retirada a longo prazo são os depósitos de rochas calcáreas nos sedimentos. O consumo de CO2 ocorre quase que totalmente nos processos biológicos; na ausência de vida, CO2 aumentaria sua abundância além de 1% por volume. Lovelock e Whitfield observaram que, se a regulagem do clima ocorre por bombeamento de CO2, o mecanismo está relacionado ao limite de sua capacidade operacional. Sabendo que dióxido de carbono da atmosfera diminuiu de cerca de 30%, no início da vida, a 300 p.p.m.v. (um fator de 1000), os autores sugeriram que o decréscimo no CO2, através do respectivo declínio no efeito estufa, foi compensado pelo aumento da luminosidade solar e assim o clima permaneceu constante e adequado à vida.

A hipótese Gaia sugeriu também que o dimetilsulfeto (DMS) poderia ser o meio de retorno de enxofre (elemento bioquímico essencial) da terra para o mar. Em 1987, Charlson et al.sugeriram também que a influência de DMS iria além de sua participação no ciclo do enxofre e, assim, as algas (emissoras de DMS) teriam papel vital na regulagem do clima da Terra.

Os ciclos biogeoquímicos do carbono e do enxofre estão intimamente ligados e aparecem conectados regulando os potenciais redox em ecossitemas óxicos e anóxicos. Emissão de DMS, através de seu efeito no albedo do planeta, juntamente com o bombeamento de CO2 levam à tendência ao esfriamento.

A idéia original de Charlson é que a água aquecida pelo efeito estufa poderia acentuar a produção de algas, produzindo mais DMS e assim mais nuvens. Isso faria com que mais energia solar fosse refletida e, conseqüentemente, a uma temperatura da Terra menor. Essa idéia sugere também que haveria maior retirada de CO2 da atmosfera pelo processo da fotossíntese.

Com a finalidade de verificar essas hipóteses, diversos estudos tem sido efetuados com relação ao crescimento e ao comportamento das algas. Entre esses estudos (controversos ainda) Martin propôs a teoria de que o crescimento das algas é limitado em muitas áreas não pela falta de nutrientes convencionais, como nitrogênio e fósforo, mas por ferro.

Este pode alcançar os oceanos remotos por vários meios com origem na terra e isso explica porque águas remotas, ricas em nitrogênio e fósforo, como nos mares da Antártica, não são mais biologicamente ativas. Experimentos de Martin et al.(9,10) mostraram que quando ferro é adicionado a amostras de água tiradas de regiões ricas em nutrientes, a atividade biológica aumenta cerca de dez vezes.

Com base nos resultados obtidos, Martin sugeriu que é possível reagir ao aquecimento global adicionando ferro a partes de oceanos ricas em nutrientes mas com baixa atividade biológica. A proposta inicial foi que o aumento na produção de algas "fixaria" mais dióxido de carbono da atmosfera, da mesma maneira que o plantio de árvores.

O plano elaborado por Martin, que faleceu no princípio deste ano, será posto em prática por Johnson, Liss e Watson. Farão uma tentativa de fertilizar com ferro, em água marcada, uma parte do Oceano Pacífico, próxima às Ilhas Galapagos, talvez uma área de um km2. Será monitorado o volume e distribuição das espécies de algas e a emissão e absorção de gases tais como DMS e CO2.

Se tal experimento fosse aplicado em grande escala para controlar o aquecimento global, o ecossistema marinho seria fundamentalmente alterado. Mas não se sabe como. Tem-se, então, a pergunta: será que o aumento na concentração de ferro ou temperaturas mais altas favoreceriam a produção de diatomáceas, Coccolithophores ou phaeocystis?

Diatomáceas fixam carbono, mas produzem pouco DMS. Coccolithophores produzem DMS, mas liberam CO2. Assim, torna-se duvidoso se o aumento de cada grupo reagiria ao aquecimento global. Phaeocystis absorve carbono e produz DMS.

Johnson acredita serem remotas as chances de o método proposto controlarem o CO2 na atmosfera. Ele espera um deslocamento das diatomáceas pequhttp://www.blogger.com/img/blank.gifenas para as grandes e com base nisso, usando modelos computacionais, uma redução de não mais que 2 gigatoneladas de CO2. Isso ainda é pouco comparado às 5 gigatons liberadas por ano, resultantes da atividade humana, e menos ainda se comparado ao previsto de 15 gigatons para os próximos 50 anos.

Torna-se claro, assim, que todos os estudos efetuados auxiliarão na previsão sobre os efeitos provocados nos ecossistemas marinhos em função do aquecimento global. Entretanto, enquanto a dinâmica das algas não for bem compreendida, qualquer tentativa para prever seu efeito no clima será em vão.

fonte: Colégio Web

sábado, 4 de junho de 2011

Áreas verdes da cidade do Recife (conhecer e preservar)

Várzea



Área verde de Água Fria



Reserva Ecológica Mata de Dois Unidos e Mata de Passarinho




Reservas Ecológicas de Mussaiba, Manassu e Janguadinha



Guabiraba



Mata de Dois Irmãos



Lagoa do Araçá e arredores



APA Rousinete Falcão (Mata do Engenho Uchôa)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Emissões batem recorde em 2010 e ameaçam meta de combate a aquecimento


As emissões internacionais de gases responsáveis pelo efeito estufa bateram um recorde histórico no ano passado, colocando em dúvida o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global em menos de 2 graus, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (30) pela Agência Internacional de Energia (AIE).

Segundo a agência, as emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa, cresceram 5% no ano passado em relação ao recorde anterior, em 2008. Em 2009, as emissões haviam caído graças à crise financeira global, que reduziu a atividade econômica internacional.

A agência estimou ainda que 80% das emissões projetadas para 2020 no setor de energia já estão comprometidas, por virem de usinas elétricas atualmente instaladas ou em construção.

“O significativo aumento das emissões de CO2 e o comprometimento das emissões futuras por conta de investimentos de infraestrutura representam um grave revés para nossas esperanças de limitar o aumento global da temperatura para não mais de 2 graus Celsius”, afirmou Faith Birol, economista-chefe da AIE e responsável pelo relatório anual da entidade World Energy Outlook.

Limite – A meta de limitar o aumento global das temperaturas médias em 2 graus foi estabelecida durante a conferência da ONU sobre mudanças climáticas realizada no ano passado em Cancún. O limite foi estabelecido de acordo com um relatório técnico que indicava que se a temperatura global aumentar mais que 2 graus as consequências podem ser irreversíveis e devastadoras.

Segundo os cálculos da AIE, a quantidade de CO2 emitida no mundo atingiu 30,6 gigatoneladas no ano passado, um aumento de 1,6 gigatoneladas em relação ao ano anterior. A AIE estimou que para limitar o aquecimento dentro dos limites aceitáveis, as emissões globais não devem ultrapassar as 32 gigatoneladas até 2020.

Se o crescimento das emissões neste ano igualar o do ano passado, esse limite já terá sido ultrapassado, nove anos antes do prazo.

“O mundo chegou incrivelmente perto do limite de emissões que não deveriam ser alcançadas até 2020 para a meta de 2 graus ser atingida. Dada a redução do espaço para manobras até 2020, ao menos que decisões fortes e decisivas sejam tomadas logo, será extremamente difícil conseguir alcançar a meta global acertada em Cancún”, diz Birol.

Segundo a AIE, os países considerados desenvolvidos foram responsáveis por 40% das emissões totais em 2010, mas responderam por apenas 25% do crescimento global das emissões.

Países em desenvolvimento, principalmente China e Índia, registraram um aumento muito maior de suas emissões, acompanhando seu crescimento econômico acelerado.

Quando consideradas as emissões per capita, porém, os países desenvolvidos tiveram uma emissão média de 10 toneladas por pessoa, enquanto na China foram 5,8 toneladas per capita e, na Índia, 1,5 toneladas.(Fonte: G1)

Fonte Ambiente Brasil